Foto: SETH
Um grupo de trabalhadores terceirizados que eram ligados à empresa Prime que prestava serviços a Prefeitura de Rio Preto fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (14).
Eles cobram um posicionamento da administração municipal por conta de estarem com os salários e outros benefícios do mês de março em atraso.
Segundo Sergio Paranhos, presidente do SETH (Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade) entidade que representa os trabalhadores terceirizados, o valor que a empresa tem que pagar para a rescisão dos trabalhadores é bem superior ao que a mesma tem que receber da prefeitura – com isso a liberação do valor da prefeitura amenizaria – mas faltaria uma parte para ser cobrada – o valor aproximado das rescisões vira em torno de R$ 700 mil e a informação que eles têm é que a prefeitura teria ainda a pagar cerca de pouco mais de R$ 300 mil a empresa. “Estamos buscando uma possibilidade jurídica para que a prefeitura faça um deposito judicial na conta dos trabalhadores – para garantir parte dos salários”, salientou Paranhos.
São cerca de 130 funcionários que atuam nesta terceirizada a maioria deles na linha de frente em diversos setores da administra municipal. Ana ainda salienta que a empresa não deu baixa nas Carteiras de Trabalho.
Segundo Ana Laura, ex-funcionária da Prime que participou do manifesto, a maioria dos trabalhadores estão há dois anos na empresa – que atrasava de forma constante o pagamento da cesta básica e neste período não pagou as férias dos funcionários, além da rescisão de contrato que não foi feita com nenhum funcionário.
Um grupo de trabalhadores e de representantes do sindicato foi recebido na prefeitura onde foi passado que a administração está aguardando que a empresa encaminhe a nota fiscal do último mês de prestação de serviço para poder efetuar a liberação das verbas.
Paranhos salientou ainda que o jurídico do sindicato esta sendo colocado à disposição dos trabalhadores para se for necessário ingressarem com ações contra a empresa.
Prefeitura – Em nota a prefeitura de Rio Preto informa que “até o momento não recebeu da empresa Prime qualquer documento ou nota fiscal para pagamento dos serviços prestados junto ao Poder Público. Os valores estão retidos, aguardando o envio da relação dos recolhimentos como salário, FGTS e aviso prévio que deverão ser pagos a cada colaborador. Assim que a documentação for enviada, o pagamento será liberado diretamente na conta dos prestadores de serviço”, finaliza a nota.
Empresa – A reportagem tentou contato com os telefones disponíveis da assessoria jurídica da empresa e com o supervisor da Prime – o contato da jurídico informou que não presta serviços para a empresa desde meados do ano passado – e a supervisor não responder ao contato até o fechamento da matéria.
Por Sérgio SAMPAIO – Da Redação Jornal do Trabalhador