No Dia Internacional da Igualdade Feminina comemorado nesta última terça-feira, dia 26 de agosto, cerca de 40 estudantes do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Professora Sônia Maria Venturelli participaram da roda de conversa Mulheres no Plural. O objetivo da ação é promover diálogo entre os alunos e mulheres atuantes no Executivo, Legislativo, Judiciário e mundo acadêmico. O projeto é uma parceria entre Unesp e Prefeitura.
Esta edição do Mulheres no Plural contou com a presença da professora universitária Adriana Barbosa, da juíza Patrícia da Conceição Santos, da vereadora Márcia Caldas (PL), além da vice-diretora da Unesp/Iblice, Mônica Galindo, e da secretária da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial de Rio Preto, Rosicler Quartieri.
Para o diretor da instituição de ensino, Rogério Alexandre Ciconello, essa troca de conhecimento e de experiência de vida é muito valiosa. “É importante para que eles possam refletir sobre valorização e respeito e, caso seja necessário, mudem o comportamento.”
A vice-diretora da Unesp/Iblice, Mônica, explicou o objetivo do encontro, dentro do Agosto Lilás, mês de conscientização em relação à violência doméstica e familiar contra a mulher, e aproveitou para divulgar os cursos oferecidos pelo campus da Unesp em Rio Preto.
Na sequência, Patrícia, Adriana, Márcia e Rosicler compartilharam suas trajetórias pessoais e profissionais, assim como as experiências de vida e os desafios que enfrentam em relação aos postos que ocupam. A juíza Patrícia da Conceição Santos, titular da Comarca de Urupês, abordou o machismo estrutural e os estereótipos impostos pela sociedade tanto para homens quanto para mulheres. A professora Adriana, que cursou estatística e era a única mulher negra da turma, deixou uma palavra de motivação para que os estudantes sigam carreiras universitárias. “O conhecimento ninguém tira da gente.” Ela atua no Departamento de Ciência da Computação e Estatística do Iblice.
A vereadora Márcia Caldas abordou sua trajetória sindical e política e a luta pelos idosos, mulheres e trabalhadores. Ela é autora, entre outras, da lei nº 12.908/2018, que cria a Campanha Agosto Lilás de Conscientização e Prevenção à Violência contra a Mulher em Rio Preto. “Não é fácil as mulheres entrarem na política pois, muitas vezes, estamos somente para preencher a cota, sem auxílio financeiro. Havia muitas mulheres candidatas, mas somente eu consegui uma vaga na Câmara para este mandato. Temos de mudar isso”, afirma.
A secretária Rosicler relembrou os tempos de estudante, quando percebeu que podia cursar uma faculdade e almejar uma carreira. “A virada de chave aconteceu em um evento parecido com esse, quando duas pessoas estavam falando sobre curso superior. Percebi que eu também podia fazer minha trajetória”, recorda. Com sólida carreira na educação pública e privada, Rosicler já atuou enquanto vice-diretora na Estadual Professora Sônia Maria Venturelli.
O vereador Abner Tofanelli (PSB) participou do encontro e reforçou o papel dos homens na luta pela equidade de direitos entre homens e mulheres. ‘Os homens precisam reconhecer os próprios privilégios e apoiar essa causa.”
Brasil
O Mapa da Violência de Gênero, com números nacionais divulgados nesta terça-feira, 26/8, aponta que o Brasil registrou média de quatro feminicídios e 187 de estupro de mulheres por dia no primeiro semestre de 2025. Os números alarmantes de assassinato de mulheres colocam o Brasil em 5º lugar com mais ocorrências desse crime no mundo, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.
com informações e foto SMCS
