Dormir bem é um dos pilares para a saúde do coração. No entanto, milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com noites mal dormidas em função da apneia obstrutiva do sono, um distúrbio caracterizado pela interrupção repetida da respiração durante o descanso, geralmente associada ao ronco. O problema, muitas vezes negligenciado, pode trazer sérias consequências à saúde cardiovascular.

Em setembro, mês em que se celebra o Dia Mundial do Coração, especialistas reforçam que cuidar da qualidade do sono é tão importante quanto manter uma alimentação equilibrada e praticar atividade física. “O sono é um aliado vital na prevenção de doenças cardíacas e precisa ser valorizado”, afirma Rubens Huber, otorrinolaringologista da Otorrino Rio Preto.

De acordo com o médico, a associação entre apneia do sono e privação do sono é frequente e perigosa, já que ambas as situações aumentam os riscos cardiovasculares. “Dormir menos de sete horas por noite pode favorecer o surgimento de hipertensão, diabetes e obesidade, ampliando a probabilidade de infarto e AVC”.

O sono é essencial para o equilíbrio do organismo. Durante esse período, o corpo regula a pressão arterial, a frequência cardíaca e a resposta inflamatória. A privação do sono compromete esses processos e, segundo o otorrinolaringologista Adriano Reis, também especialista da clínica, as pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm maior probabilidade de desenvolver hipertensão e diabetes tipo 2, condições que impactam diretamente a saúde do coração.

Como identificar a apneia do sono

Entre os sintomas mais comuns estão roncos intensos, pausas respiratórias observadas por terceiros, sonolência excessiva diurna, dores de cabeça matinais e dificuldade de concentração. O diagnóstico é feito por meio da história clínica, exame físico e teste de registro do sono, a polissonografia.

Alguns fatores aumentam o risco para o distúrbio, como obesidade, pescoço largo, queixo pequeno, língua ou amígdalas volumosas, sexo masculino e síndromes genéticas que afetam a anatomia craniofacial.

Tratamento e qualidade de vida

Tratar a apneia do sono é fundamental, sobretudo em pessoas com doenças cardiovasculares. A melhora pode ser percebida pela redução do ronco, maior disposição durante o dia, menos interrupções do sono e diminuição de dores de cabeça.

Os tratamentos variam conforme o grau do distúrbio e podem incluir: mudança de hábitos (perda de peso, redução do consumo de álcool e tabaco, exercícios físicos); uso de aparelhos intraorais que ajudam a manter as vias aéreas abertas; CPAP (aparelho que envia ar pressurizado para manter a respiração contínua durante o sono); e cirurgia, indicada em casos selecionados, quando outros tratamentos não são eficazes.

com informações e foto assessoria de imprensa Otorrino Rio Preto