O Novembro Azul, movimento global de conscientização sobre a saúde masculina, costuma destacar o câncer de próstata — responsável por 1,4 milhão de mortes de homens no mundo¹. Nos últimos cinco anos, dados da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), maior empresa do Brasil em diagnóstico por imagem, indicam que cerca de 15.314 homens realizaram exames voltados à próstata, de um total 315.562 exames de imagem. Mas a saúde do homem vai muito além dessa doença. Ela precisa ser encarada de forma integral, tanto pela sociedade quanto pelos profissionais de saúde.
As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte masculina, respondendo por cerca de 70% das mortes globais², o que equivale a mais de 38 milhões de óbitos por ano, segundo dados de 20231. Transtornos mentais também impactam na saúde do homem. Dados do relatório publicado em 2022 pelo World Mental Health indicam que 970 milhões de pessoas vivem com algum transtorno mental, desse número, 47,6% são homens2, uma amostra que apresenta a necessidade de olhar para outras frentes da saúde do homem, muito além do câncer de próstata.
De acordo com o Ministério da Saúde, mesmo com o aumento da expectativa de vida, os homens ainda vivem 7,1 anos a menos que as mulheres3. Esse dado afirma a realidade de que homens são menos frequentes em exames médicos do que mulheres. Dados da FIDI mostram que, anualmente, as mulheres representam 61% dos exames diagnósticos, enquanto os homens correspondem a 49%. O Ministério também destaca que os homens morrem mais do que as mulheres na maioria das causas de óbito e em todas as faixas etárias até os 80 anos.
O tabu em relação às consultas médicas e exames preventivos impacta diretamente a qualidade e a expectativa de vida dos homens. “O Brasil é o único país da América Latina que possui uma política pública voltada especificamente à saúde masculina. Quanto mais cedo o homem adota hábitos saudáveis e realiza check-ups regulares, menores são as chances de enfrentar doenças graves”, afirma o médico, professor, especialista na saúde do homem e superintendente médico da FIDI, Harley de Nicola.
“A informação é o primeiro passo para quebrar tabus e promover uma mudança real no comportamento masculino em relação à saúde, para isso é essencial falar de saúde integral masculina sem preconceitos ou estigmas e incentivar a busca anual e regular por um médico especialista, pois cuidar da saúde é um gesto de força, não de fraqueza”, salientou o especialista.
com informações Agência Fato Relevante_imagem_ilustrativa_SMCS_Pref.RioPreto

