O departamento de marketing deixou de ser apenas o responsável por criar campanhas e promover produtos. De um tempo para cá, tornou-se linha de frente na proteção da reputação corporativa, atuando em crises, cultura organizacional, posicionamento institucional e até em decisões sensíveis envolvendo política e sociedade.

Quem acompanha essa virada de chave é João Branco, ex-diretor de marketing do McDonald’s Brasil e referência no setor. “A reputação de uma empresa não se constrói com um comercial criativo. Ela se constrói sendo autêntica, consistente e útil para as pessoas. O marketing hoje tem a missão de garantir que essa verdade seja percebida em cada ponto de contato com a marca”, afirma.

Ele será a estrela do Prospecta Experience, evento de marketing marcado para o dia 22 de maio, no Teatro Paulo Moura, em Rio Preto. Ainda restam ingressos disponíveis (https://www.sympla.com.br/evento/prospecta-experience-2025/2863228?referrer=www.google.com ).

O que antes era “setor criativo” virou eixo estratégico de risco. Qualquer deslize — uma fala mal interpretada, uma campanha sem coerência, uma omissão em meio a uma tragédia — vira crise em minutos. E é o marketing quem precisa reagir. Não à toa, departamentos de marketing passaram a atuar lado a lado com jurídico, RH, ESG e compliance. Monitoram redes sociais, participam da comunicação interna, acompanham pautas sociais e políticas e antecipam movimentos do consumidor. “O consumidor não quer uma marca perfeita. Quer uma marca honesta, que se posicione com clareza e saiba reconhecer seus erros. O marketing virou o guardião dessa integridade”, salientou Branco.

A transformação também é interna. O marketing passou a interferir na experiência do colaborador, na construção de propósito, na consistência entre discurso e prática. “Não existe campanha bonita que sustente uma cultura tóxica. É preciso entregar valor de verdade — para dentro e para fora da empresa”, completa.

Na prática, o marketing virou escudo — e termômetro. Ganha poder, mas também peso. Porque em um mundo onde marcas são julgadas em tempo real, não basta parecer boa — é preciso ser coerente o tempo todo.

Com informações e foto Assessiva Comunicação