A 23ª edição internacional do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, o FIT Rio Preto, terminou no último sábado (26) com números expressivos e muitos motivos para comemorar: foram mais de 35 mil pessoas presentes, 111 apresentações, 47 obras e 18 locais de exibição espalhados pelas 10 regiões da cidade — entre teatros, praças, terminais, shoppings, CEUs e espaços alternativos. Toda a programação foi 100% gratuita.
Além do público presencial, o festival também cresceu em visibilidade digital, alcançando mais de 1,2 milhão de pessoas nas redes sociais. Outro destaque foi a plataforma de desenvolvimento da cena rio-pretense, uma das grandes novidades desta edição, que promoveu rodadas de negócios com curadores convidados e colocou a produção local em diálogo direto com programadores de diferentes partes do Brasil e da América Latina.
Entre os convidados internacionais, a programadora Muriel Rojas Olguin, do espaço independente Espacio Vitrina, de Santiago (Chile), participou dos encontros e elogiou a potência das criações locais: “Foi muito interessante observar como se faz teatro no Brasil, com identidade, ritmo, musicalidade. As propostas visuais e cênicas são muito bem elaboradas. O FIT apresenta um teatro que dialoga com toda a América Latina — e essa aproximação, por meio da plataforma de exportação, é essencial para ampliar fronteiras e gerar novas conexões.”
Para o secretário municipal de Cultura e coordenador institucional do festival, Robson Vicente, o saldo é de superação e construção coletiva: “Foi uma experiência transformadora. Em pouco tempo de gestão, reunimos profissionais que conhecem profundamente o FIT. Conseguimos fazer muito com pouco, oferecendo uma programação gratuita e descentralizada, que valorizou os grupos da cidade e ocupou teatros, ruas e praças. Em 2026, nossa meta é crescer, inovar, trazer novos parceiros e continuar levando arte a todos os cantos de Rio Preto.”
A próxima edição já tem data confirmada: de 16 a 25 de julho de 2026, novamente com realização da Prefeitura de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Coordenador artístico do festival, Marcelo Zamora destaca o equilíbrio entre a tradição do evento e a potência criativa local: “O FIT 2025 foi vibrante, potente e diverso — à altura do prestígio e da trajetória que construiu ao longo dos anos. Destaco a expansão para fora, ocupando a cidade, e o olhar para dentro, entregando aos grupos locais o protagonismo merecido.”
Entre as ações que reforçaram essa ocupação plural, destaca-se a estreia da Mostra Internacional de Teatro Lambe-Lambe, com 12 espetáculos apresentados em 10 locais diferentes, incluindo espaços periféricos e de grande circulação, como terminais urbanos e escolas municipais.
Segundo o coordenador executivo do festival, Erick Soares, o desafio do tempo curto de preparação deu lugar a uma edição marcante e inclusiva: “Conseguimos realizar um grande festival, com mais participação de artistas locais e presença em vários pontos da cidade. O FIT 2025 foi de todos e para todos. Em 2026, vamos ampliar ainda mais o teatro nas ruas, nas praças e manter a Mostra Lambe-Lambe como parte permanente da programação.”
O festival teve como parceiro institucional o Sesi Rio Preto, que recebeu cinco espetáculos em sete sessões distintas, com participação do Núcleo de Artes Cênicas local e de outras cidades. “Para o Sesi Rio Preto é uma alegria celebrar o êxito dessa parceria. Reafirmamos nosso compromisso na democratização do acesso à cultura e nos orgulhamos de fazer parte de um evento que oferece vivências artísticas tão potentes e acessíveis”, afirma Silvia Helena Marchi, gerente regional do Sesi.
A edição contou com o apoio também do Plaza Avenida Shopping, que recebeu a Mostra Lambe-Lambe, a intervenção “Floresta” e quatro sessões do espetáculo mexicano “Amanhecer com Guarda-Chuvas”. “Patrocinar o FIT pela primeira vez foi uma experiência muito significativa. As apresentações encantaram o público e reforçaram o nosso propósito de oferecer experiências culturais que transformam. Foi uma honra fazer parte desta história”, destaca Simone Ponce, gerente de marketing do shopping.
A programação internacional trouxe obras da Alemanha, Argentina, Chile, México e Uruguai, além de companhias de nove estados brasileiros — Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Entre os destaques da programação nacional estiveram obras premiadas e de forte relevância artística, que dialogaram com temas contemporâneos e trouxeram ao público experiências sensoriais, políticas e poéticas diversas. Ao lado dessas montagens, o FIT também reafirmou sua identidade ao valorizar a cena local: foram 13 obras de 10 companhias de São José do Rio Preto, com apresentações em espaços variados e para diferentes públicos.
com informações e fotos FIT Rio Preto e SMCS
