O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Rio Preto e região sediou a segunda rodada de negociações do setor de Panificação, na qual foi apresentada pelo sindicato patronal uma contraproposta que será levada para avaliação dos trabalhadores por meio de assembleias na próxima semana.

Segundo Tiago Gonçalves, presidente do sindicato, também participaram desta reunião outros quatro sindicatos de trabalhadores: Catanduva, Olímpia, Pontes Gestal e Votuporanga. Ele lembra que, na primeira rodada de negociações, não houve avanços, pois o patronal trouxe, naquela oportunidade, novas propostas para serem incluídas no Acordo deste ano, outro ponto foi que eles apresentaram a proposta apenas de repor a inflação do período sem ganho real. Por conta disso, foi marcada essa segunda reunião, que aconteceu nesta última quinta-feira (17).

Após os debates entre as partes, foi acordada uma proposta de reajuste de 6,67% a ser levada para análise dos trabalhadores — lembrando que a inflação acumulada do período ficou em 5,05% (INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor). E que a data base da categoria é o dia 01º de setembro.

A proposta

No setor de Panificação existem duas vertentes de pisos salariais: uma para as empresas que fazem parte do Repis (Regime Especial de Piso Salarial) e outra para as demais empresas.

No Repis enquadram-se as microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais. Nestes casos, a proposta de piso para Padeiros e Confeiteiros passaria a ser de R$ 2.445,00, e, para as demais funções, o piso de ingresso passaria para R$ 1.920,00. Já a Cesta Básica (Tíquete-Alimentação) passaria para R$ 230,00.

Demais empresas que não se enquadram no Repis
Para todas as demais empresas do setor de Panificação, o piso para Padeiros e Confeiteiros passaria para R$ 2.880,00; para os demais funcionários, R$ 2.275,00; e a Cesta Básica (Tíquete-Alimentação) ficou acordada em R$ 320,00.

PLR
A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) manteve-se em 40% dos pisos salariais.

“Entendemos que a proposta alcançada foi positiva, pois conquistamos ganhos reais, tanto no valor econômico quanto nas questões sociais. A partir de segunda-feira (22), estaremos levando a proposta ao conhecimento dos trabalhadores em assembleia”, salientou Gonçalves.

Após as assembleias, uma nova reunião com o patronal será agendada para, caso a proposta seja aprovada, ser assinada a Convenção Coletiva deste ano.

Por Sérgio SAMPAIO_foto_arquivoJT