Louças e talheres com emblema da antiga companhia ferroviária, uniformes, equipamentos como o telefone “seletivo” e lanternas de sinalização por cores e até mobília com número de patrimônio. Estes são alguns dos itens em avaliação no projeto coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Negócios de Turismo de Rio Preto, com o objetivo de criar um museu ferroviário na cidade.

Nesta sexta-feira (27), o material começou a ser analisado em conjunto por uma comissão que está sendo constituída formalmente na Secretaria, com duas representantes do Sistema Estadual de Museus: a museóloga Luiza Cristina Mendes da Silva, do Museu Ferroviário Regional de Bauru, e Thais de Freitas, da Secretaria de Cultura de Rio Preto, que atua nos museus municipais.

“Esse material estava armazenado aqui na Estação Ferroviária há muitos anos. Então veio o convite do Desenvolvimento para fazer uma pré-triagem do acervo, pensando na criação de um museu ferroviário também com outros itens, e demos início a esse trabalho em 2020”, salientou Thais. “Os materiais mais interessantes que encontrados aqui são do carro-restaurante, como pratos, xícaras e talheres com a logomarca da Estrada de Ferro Araraquarense e o uniforme completo do garçom”, completa.

“Estamos aqui formando a comissão de acervo, que é fundamental, é o embrião do museu ferroviário de Rio Preto. Nós vamos inventariar peças que já foram pré-selecionadas e avaliar o que tem relevância histórica e pode compor o acervo do museu”, explica a museóloga.

A comissão conta também com representantes dos trabalhadores do setor, entre eles Luiz José de Oliveira, que começou a trabalhar em redes ferroviárias em 1983 e ainda hoje é líder de tração de uma companhia. Ele acompanhou a visita aos itens históricos. “É bastante emocionante, vi ali coisas bem antigas. São itens que não se vê mais e que alguns colegas mais novos nem conhecem. Com o museu, essa história vai ficar mais visível”, disse Oliveira.

A implantação do Museu Ferroviário de São José do Rio Preto é um projeto para preservar memórias, objetos e equipamentos remanescentes da Estrada de Ferro Araraquarense, que posteriormente foi incorporada à Fepasa. O projeto se integra a outros relacionados à conservação do patrimônio histórico municipal e ao transporte por trens, com a reforma e restauração da estação ferroviária na cidade e o projeto turístico cultural Trem Caipira.

Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações SMCS

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