Representantes dos 18 Sindicatos de Frentistas do Estado de São Paulo e da Federação Estadual se reuniram para debater e definir a pré-pauta de reivindicações e dar um pontapé inicial na Campanha Salarial 2024 da categoria.
Segundo Antônio Marco dos Santos, presidente do Sindicato dos Frentistas de Rio Preto e região, esse documento é importante, pois eles podem sentar para conversar antes com o setor patronal e começar a negociar algumas novas cláusulas para a próxima Convenção Coletiva. Dentre as cláusulas está o pedido da obrigação da realização da homologação no sindicato que dará um respaldo maior para o trabalhador e para as próprias empresas. “Quando a homologação era feita no sindicato, quando existia alguma diferença a empresa refazia a homologação e o funcionário saiu com o dinheiro. Hoje o funcionário não conhece como funciona um acerto, uma rescisão, ele vai lá assina e quando ele vê tem R$ 5.000 para receber e a empresa paga R$ 3.000. E ele acaba sendo prejudicado. Então a homologação sendo feita no sindicato o trabalhador vai ser assistido”, destacou Santos.
O sindicalista destaca que outras cláusulas como o Adicional Noturno podem ser alteradas dentre outras. Tudo vai depender da negociação com o patronal. Por sua vez a manutenção de todas as cláusulas já existentes continua como carro chefe.
“Uma das ideias também é realizar uma reunião trimestral com o patronal, a gente vai ver se consegue fazer para tentar encaixar essas cláusulas”.
Luta a parte – Os sindicatos e federações que conseguiram no início dos anos 2000 a proibição do Autosserviço no país. Santos destaca que a luta continua, pois nos últimos anos diversos deputados estão tentando derrubar essa lei, e graças a trabalho do movimento sindical da categoria nenhuma destas proposta prosperou. “Tem vezes que vamos três quatro vezes a Brasília nestas reuniões para garantir o emprego do trabalhador”.
Nada é dado tudo é conquistado – “Tem muitos trabalhadores que vem aqui (no sindicato) trazer Carta de Oposição, mas ele (trabalhador) não entende que se o sindicato não for lá e assinar, o presidente do sindicato e da federação for lá e assinar a Convenção que garante o Tíquete e a Cesta, patrão nenhum dá não. Os trabalhadores teriam que colocar a mão na consciência se acha que está ruim com sindicato, imagina como ficaria sem o sindicato, ele tentar sentar em uma Mesa (de Negociação) com o patrão. É só um trabalhador destes que traz Carta de Oposição, sentar com o patrão dele e tenta negociar. Ele acha que vem de graça (os benefícios) que é o governo que dá o aumento do salário dele, o aumento do Tíquete, não assina uma Convenção para você ver o que acontece no outro dia com os empregados”, finalizou.
A pré-pauta deve ser entregue na próxima semana para os representantes do setor patronal.

Por Sérgio SAMPAIO – Da Redação Jornal do Trabalhador