O Sindalquim (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação do Álcool, Químicas e Farmacêuticas) finalizou a entrega das pautas de reivindicações para as empresas do setor sucroalcooleiro, cuja data-base é 1º de maio.

Segundo João Pedro Alves Filho, presidente do sindicato, as negociações são realizadas de forma individualizada, por empresa ou grupo econômico. Ao todo, são 15 unidades de etanol com tratativas no primeiro semestre, restando apenas uma para o mês de setembro.

O pedido de reajuste salarial é o mesmo para todas as empresas, incluindo a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do período, acrescido de 2% de ganho real. “É uma pauta bem pé no chão. Sabemos que o INPC, economicamente, não reflete exatamente o que vemos e o que é divulgado, mas a pauta está pé no chão. Infelizmente, temos que acatar. A medição é feita de 1º de maio até 30 de abril, e buscamos um ganho real de 2%”, salientou Alves Filho.

Outros pontos

Além do reajuste salarial, outros aspectos, como o VA (Vale Alimentação), serão negociados caso a caso, pois há grande variação entre as usinas. “Temos Vale Alimentação de 350 (reais ) até 750 (reais), então nós fizemos um pedido diferente. Unificamos a pauta no percentual de reajuste, mas no percentual de Vale Alimentação…a gente vai tentar chegar bem mais próximo do VA mais alto”.

O sindicalista destacou que algumas empresas aplicam o PLR (Participação nos Lucros e Resultados), enquanto outras adotam o PPR (Programa de Participação nos Resultados). Para esses casos, a reivindicação é o pagamento de dois pisos da categoria.

Outro pedido diz respeito à equalização dos pisos salariais dentro das unidades, pois, segundo o dirigente sindical, atualmente há mais de 10 faixas salariais diferentes em algumas usinas. “Apesar disso, as negociações não são prejudicadas, pois ocorrem por grupos ou unidades”, ressaltou o presidente do Sindalquim.

Por Sérgio SAMPAIO