Com 17 atividades com acesso gratuito em diferentes pontos da cidade, as ações formativas ganham destaque no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT Rio Preto), proporcionando a expansão das realizações no palco ou na rua como cena por meio de encontros, mesas, rodas de conversa e intercâmbios.Abrindo a programação, na próxima sexta-feira, dia 22, 22h30, no Complexo Swift – área das figueiras, o encontro “Homoafetividade: o amor fugindo dos parâmetros” irá reunir o diretor, ator e dramaturgo Fabiano Dadado de Freitas (RJ), o artista interdisciplinar Flip Couto (SP) e o ator, dramaturgo e pesquisador das questões queer nas artes cênicas Ronaldo Serruya (SP). A discussão buscará refletir acerca de possíveis formas assumidas pelo amor contemporâneo, tendo como provocador o espetáculo “Três maneiras de tocar no assunto”, presente no festival.Já o tema “A repressão da memória: falta-nos lembrar?”, marcado para dia 23, sábado, 14h30, no Sesc Rio Preto, contará com Ana Correa, atriz, criadora, diretora, ativista feminista e de direitos humanos, membro do Grupo Cultural Yuyachkani, do Peru; Patrícia Ariza, poeta, dramaturga e atriz, cofundadora do grupo colombiano Teatro La Candelaria, recém-nomeada ministra da Cultura de seu País; e a atriz, encenadora e pesquisadora Tania Farias, atuadora da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS). A ideia é pensar a respeito de recentes períodos ditatoriais vividos no continente sul-americano, suas consequências e nossa relação com essa memória.Os aspectos estéticos, políticos e sociais contidos em parte da cena negra teatral contemporânea, tomando como provocação o solo “Traga-me a cabeça de Lima Barreto”, que está na programação do FIT, será o mote do encontro “Autópsia negra: quando um cérebro é cravado de búzios”, dia 26, terça, 14h30, no Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle. Marcam presença Hilton Cobra (RJ), ator, produtor, diretor, gestor cultural e fundador da Cia dos Comuns; Onisajé (BA), diretora teatral, dramaturga e pesquisadora; e Salloma Salomão (SP), músico, performer, historiador e pesquisador.“Mulheres em apoio: arte e ação” é o mote do encontro do dia 30, sábado, 16h30, no Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle, com a empreendedora social Amanda Oliveira (SJRP), empreendedora social; a atriz Débora Falabella (SP); e a atriz, diretora e professora de teatro Yara de Novaes (SP). Elas discorrerão sobre como a arte pode se engajar nas históricas lutas sociais por igualdade social de gênero e racial e limites e alcances que o teatro encontra ao se debruçar sobre conteúdos urgentes da sociedade.Entre as mesas programadas, “Como criar fora dos eixos hegemônicos das grandes capitais do Sudeste?” promoverá o debate em torno das especificidades enfrentadas quando se cria fora das grandes capitais do Sudeste do país. Participam da conversa, no próximo sábado, dia 23, 16h30, no Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle, os artistas Cláudio Barros (PA), Milton Aires (GO) e Taynã Azevedo (SP).No dia 26, quarta, 16h30, no Sesc Rio Preto, na mesa “O que foge da literatura e nos serve no teatro?”, marcam presença o ator e dramaturgo Giordano Castro (Grupo Magiluth, PE), o escritor Marcelino Freire (PE) e o o músico, ator e diretor de teatro Rodrigo Mercadante (Cia do Tijolo, SP). Eles conversam sobre recentes produções teatrais que dialogam e/ou livremente se inspiram em romances, poemas e contos literários.Uma das rodas de conversa, “Olhares Críticos” contará com a dramaturga, diretora e performer Ave Terrena (SP), o diretor, performer e curador Henrique Saidel (RS) e a artista visual, pesquisadora e professora Renata Felinto (CE), a fim de pensar sobre a prática da crítica e suas possibilidades na atualidade, como os processos críticos dialogam com a cena nos tempos das redes sociais e dos espaços virtuais. Será no dia 23, sábado, 22h30, no Complexo Swift – área das figueiras.Já os intercâmbios irão promover trocas de experiências entre grupos e artistas locais e de outras cidades e estados presentes no festival. São cinco atividades: Varanda Teatro (SJRP) & Estúdio Lusco Fusco (SP); Cênica (SJRP), Luiza Mahin & Hilton Cobra (RJ); Cia Hecatombe (SJRP) & Usina Contemporânea de Teatro (PA); Cia Beradeiro (SJRP) & Teuda Bara (MG); e Robo.art (SJRP) & Cia In.co.mo.de-te (RS).Para esta edição, o recorte das ações foi proposto pela dupla de curadores formada por André Carreira, pesquisador e diretor teatral, e Jé Oliveira, ator, diretor e dramaturgo. A proposta é promover a multiplicação das relações do teatro com a cidade, a partir de diferentes espaços de reflexão, construídos com base na premissa da fuga dos olhares estabelecidos, a fim de se reivindicar um pensar que critica e desconstrói verdades absolutas. Uma tentativa de questionar a centralidade de ideias que têm regido o pensamento sobre o teatro, tanto do ponto de vista técnico como ético e político. “A fuga que nos interessa nada tem a ver com o evitar as contradições, mas sim fugir dos lugares de poder consolidados, das práticas hegemônicas que replicamos sistematicamente e que, finalmente, naturalizamos”, pontuam os curadores.Realizado pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto e pelo Sesc São Paulo, o FIT Rio Preto 2022 acontece de 21 a 30 de julho. A programação contará com 31 obras, sendo 15 com entrada gratuita, de gêneros e estéticas diversas, que irão ocupar 20 locais da cidade, entre palcos, ruas e espaços alternativos, totalizando 65 apresentações em 10 dias. O evento oferecerá ainda um ponto de encontro, o Graneleiro, com 34 intervenções artísticas, shows e performances, com entrada franca.O festival chega, em 2022, aos 53 anos de história e 20 anos de edição internacional, retornando à ativa após uma lacuna de dois anos sem edições por conta da pandemia da covid-19.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DAS AÇÕES FORMATIVASEncontroDia: 22/07/2022Hora: 22h30Local: Complexo Swift – área das figueiras. Não é necessário retirar ingresso.HOMOAFETIVIDADE: O AMOR  FUGINDO DOS PARÂMETROSFabiano Dadado de Freitas (RJ) | Flip Couto (SP) | Ronaldo Serruya (SP)O amor é normativo? Quem define os parâmetros do amar? Quem acessa o amor? Este encontro buscará refletir acerca de possíveis formas assumidas pelo amor contemporâneo, tendo como provocador o espetáculo Três maneiras de tocar no assunto.Fabiano Dadado de FreitasÉ diretor, ator e dramaturgo, com pesquisa focada em encenação, performance, política e na presença dos corpos dissidentes. Desde o fim de 2018 reside em São Paulo. Recebeu indicações aos principais prêmios de teatro do Brasil pela direção de espetáculos como Três maneiras de tocar no assunto, Balé ralé e O homossexual ou a dificuldade de se expressar – este último, a partir de sua pesquisa sobre o performer, cartunista e dramaturgo Copi. É mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ. Também pesquisa radiodramaturgias. Acredita na transgressão pela palavra, no corpo como dissidência e exercita a ‘bichice’ e o desbunde como formas militantes de vida e de existência.Flip CoutoArtista interdisciplinar, com trabalhos que provocam discussões sobre raça, classe, gênero e saúde, em diálogo com as comunidades Ballroom, Hip Hop e outras estéticas urbanas contemporâneas. Idealizador do Coletivo AMEM, diretor executivo da Associação Aliança Pró-Saúde da População Negra e membro da House of Zion. Atua como performer, curador, produtor de eventos e palestrante sobre negritudes, diversidade de gênero, saúde e a crise da Aids. Integrou importantes companhias, como Discípulos do Ritmo e Sansacroma. Dentre suas criações autorais, destacam-se Okó: maskulinidades transatlânticas (2021) e a performance Sangue (2016). Recebeu o prêmio APCA 2018 na categoria Difusão e Memória, pelo “Festival Vozes do Corpo”, com a Cia. Sansacroma, e o Prêmio Denilto Gomes de Dança 2019, na categoria Olhares para Estéticas Negras e de Gênero na Dança, por seus trabalhos junto à comunidade negra LGBTQIAP+, nacional e internacionalmente.Ronaldo SerruyaÉ ator, dramaturgo e pesquisador das questões queer nas artes cênicas. Integrante do grupo XIX de teatro (SP) e do Teatro Kunyn. Por seu texto Desmesura, ganhou o Prêmio Suzy Capó no 25º Festival MIX da Diversidade. Desde 2016 pesquisa e estuda as relações entre arte e HIV/Aids, criando o projeto Como eliminar monstros: discursos artísticos sobre HIV/AIDS, que já contou com o apoio institucional do Itaú Cultural e do Goethe Institut. Seu mais recente texto, A doença do outro, ganhou o 7º Edital de Dramaturgia em Pequenos Formatos do CCSP (SP).IntercâmbioDia: 23/07/2022Hora: 10h às 13hLocal: Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle. 90 lugares. Não é necessário retirar ingresso.VARANDA TEATRO (SJRP) & ESTÚDIO LUSCO FUSCO (SP)Criatividade com rigor estético permeiam as interações entre Varanda Teatro (Histórias Encaixotadas – Teatro Lambe-Lambe), de São José do Rio Preto/SP, e o Estúdio Lusco Fusco (Insônia – Titus Macbeth).EncontroDia: 23/07/2022Hora: 14h30Local: Sala de Múltiplo Uso – Sesc Rio Preto. 30 lugares. Não é necessário retirar ingresso.A REPRESSÃO DA MEMÓRIA: FALTA-NOS LEMBRAR?Ana Correa (Lima/Peru) | Patrícia Ariza (Bogotá/Colômbia) | Tania Farias (RS)Esta mesa de debate propõe-se a refletir sobre recentes períodos ditatoriais vividos no continente sul-americano, suas consequências e nossa relação com essa memória.Ana CorreaAtriz, criadora, diretora, ativista feminista e de direitos humanos, membro do Grupo Cultural Yuyachkani, do Peru, desde 1978. Criadora das obras Rosa Cuchillo, Confesiones, La Rebelión de los Objetos, La Magia del Palo. Participa como atriz criativa em todas as obras coletivas de Yuyachkani. Nomeada como personalidade Meritória da Cultura 2012, título concedido pelo Ministério da Cultura do seu país, por “trazer o teatro da diversidade de expressões para novas gerações, novos públicos e novos espaços”. Membro do Projeto Magdalena. Diretora das peças femininas Memorias de agua e Útero generacional. Realizou ações cênicas que tornam visíveis as mulheres que contribuíram para a luta pela independência, tais como Visita guiada, Al patriotismo de las más sensible, Por la causa (Hermanas Toledo) e as ações em espaços abertos En tu vibrar mi quebranto (espacio del Memorial Ojo que Llora), Caravana de las flores asesinadas, Marea roja (Ponte el AlmaC). Mestre em Antropologia Visual (PUCP), professora de atuação, formação vocal e corporal, teatro e sociedade.Patrícia ArizaPoeta, dramaturga e atriz colombiana. Estudou na Faculdade de Belas Artes da Universidade Nacional da Colômbia de 1967 a 1969. Fundadora da Casa da Cultura, hoje Teatro La Candelaria, com Santiago García, e da Corporação Colombiana de Teatro. Dirige dois dos festivais mais importantes da Colômbia, o Alternativo e as Mulheres no Palco pela Paz. Na juventude, foi ligada ao Nadaísmo e fez parte da Juventude Comunista. Em 2007, recebeu o Prêmio Príncipe Claus, na Holanda, “por suas contribuições à cultura universal e seu compromisso artístico com a busca da paz para a nação colombiana”. Em 2008, foi premiada com a Ordem do Congresso em reconhecimento a “uma vida dedicada à cultura”. Sobreviveu ao genocídio contra a União Patriótica e trabalha como conselheira cultural da Corporação Reiniciar. Em 2009, Ariza foi acusada de supostamente encobrir atividades de propaganda das FARC por trás dos serviços comunitários que prestava, causando indignação no meio artístico. Em 2014, recebeu o Prêmio Nacional de Defesa dos Direitos Humanos na Colômbia na categoria Defensora A Lifetime.Tania FariasAtriz, cantora, encenadora, pesquisadora, figurinista, cenógrafa, artista visual e produtora teatral. Atuadora da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz desde 1994. Em 2018, teve sua biografia Tânia Farias – O Teatro É um Sacerdócio, de Fábio Prickladnick, publicada pelo Festival Porto Alegre em Cena. Coordena os projetos Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo e o Selo Ói Nóis na Memória. Publica semestralmente a Cavalo Louco Revista de Teatro do Ói Nóis Aqui Traveiz. Realiza o Festival de Teatro Popular Jogos de Aprendizagem. Como atriz e encenadora, participou de criações coletivas como Hamlet máquina, de Heiner Müller, Aos que virão depois de nós Kassandra In Process, O amargo santo da purificação, Medeia vozes, Caliban, entre outras. Dirigiu Medeia negra, Clodimar, Procura-se um corpo – Ação nº 3 e Ficções do Interlúdio. Realizou a desmontagem Evocando os mortos – poéticas da experiência em diversas cidades brasileiras, na Argentina, em Cuba e Portugal. Em 2019, criou, junto de atores-pesquisadores, a ASA – Atelier Sul de Atuação, do qual faz coordenação artística. Recebeu o Prêmio Açorianos por sua atuação em O amargo santo da purificação (2009) e em Medeia vozes (2013).MesaDia: 23/07/2022Hora: 16h30Local: Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle. 90 lugares. Não é necessário retirar ingresso.COMO CRIAR FORA DOS EIXOS HEGEMÔNICOS DAS GRANDES CAPITAIS DO SUDESTE?Cláudio Barros (PA) | Milton Aires (GO)  | Taynã Azevedo (SP)Esta mesa, integrada por artistas oriundos de Belém-PA, buscará refletir sobre especificidades enfrentadas quando se cria fora das grandes capitais do sudeste do país.Cláudio BarrosAtor e diretor de teatro, com 46 anos de experiência na cidade de Belém. No cinema nacional, atua como preparador de elenco desde 1990.Milton AiresNasceu em Belém do Pará e vive em Goiás desde 2014. Licenciado em Dança (IFG/ 2021), é ator, dançarino e produtor cultural, atuante no teatro desde 1999, no audiovisual desde 2004 e na dança desde 2008. Colabora na escrita de roteiros e dramaturgias cênicas, é autor do blog A Matéria Orgânica das Coisas e compõe a Coleção e/ou – Vol.3 de antologias poéticas da Nega Lilu Editora (2022). Em 2022 teve sua pesquisa selecionada para publicação no edital a_ponte: cena do teatro universitário do Itaú Cultural.Taynã AzevedoArtista paraense formada em teatro pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPa) e pela Escola Livre de Teatro (ELT) em Santo André-SP, além de Artes visuais pela Faculdade Paulista de Artes (FPA). Estudou teatro essencial com Denise Stoklos e a arte de contar histórias com Regina Machado.Trabalha como atriz, contadora de histórias e arte-educadora, além de pintar suas criações em papel e parede. Desenvolve e atua junto à Companhia dos Inventivos há 9 anos em pesquisas artísticas ligadas ao teatro popular e a narrativas plurais.Roda de conversaDia: 23/07/2022Hora: 22h30Local: Complexo Swift – área das figueiras. Não é necessário retirar ingresso.OLHARES CRÍTICOSAve Terrena (SP) | Henrique Saidel (RS) | Renata Felinto (CE)Um encontro para pensar sobre a prática da crítica e suas possibilidades na atualidade. Como os processos críticos dialogam com a cena nos tempos das redes sociais e dos espaços virtuais?Ave TerrenaPoeta, dramaturga, diretora teatral e performer. Publicou o livro de poesias Segunda queda, que se tornou um espetáculo poético-musical, e as peças As 3 uiaras de SP city e O corpo que o rio levou. Teve sete textos encenados em São Paulo, Macapá e na cidade do Porto. Integra o corpo docente da Escola Livre de Teatro de Santo André, orientou o Núcleo de Dramaturgia e ocupa, atualmente, a função de coordenadora pedagógica.Henrique SaidelDiretor de teatro, performer, curador e colecionador de brinquedos. É professor do curso de Teatro e chefe do Departamento de Arte Dramática no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Bacharel em Direção Teatral pela UNESPAR, mestre em Teatro pela UDESC e doutor em Artes Cênicas pela UNIRIO. É autor do livro As artes do cover: performance para além da cópia e do original, lançado em 2019, pela Editora Circuito/POP LAB. É editor do site de críticas Qorpo Qrítico – teatro e outras cenas. Colaborou com os sites Horizonte da Cena (Belo Horizonte) e Agora Crítica Teatral (Porto Alegre) e foi coeditor do site Bocas Malditas (Curitiba). Integrante-fundador da Companhia Silenciosa, de 2002 a 2012, junto a Giorgia Conceição e Leonarda Glück. Pesquisa/experimenta processos de criação e performance baseados na ironia, metalinguagem, cópia, cover, duplos, brinquedos e outros objetos. Fake, kitsch, simulacro, erotismo, burlesco, masculinidades, antropofagia, espaço urbano e política são alguns dos seus interesses.Renata FelintoArtistas visual, pesquisadora e professora. É doutora e mestra em Artes Visuais pelo IA/UNESP e especialista em Curadoria e Educação em Museus de Arte pelo AC/USP. É professora adjunta da Universidade Regional do Cariri/CE e associada à Associação Brasileira de Críticos de Arte. Vencedora do 3º Prêmio Select de Arte e Educação do PIPA PRIZE 2020, participou de exposições no Brasil e no exterior.Encontro entrevistaDia: 24/07/2022Hora: 16h30 às 18hLocal: Sala de Múltiplo Uso – Sesc Rio Preto. 30 lugares. Não é necessário retirar ingresso.  TEATRO LA CANDELARIAPatrícia Ariza (Bogotá/Colômbia) | Narciso Telles (MG)Neste encontro-entrevista conduzido pelo professor e pesquisador Narciso Telles, a poeta, dramaturga, diretora teatral e atriz colombiana Patrícia Ariza fala sobre os 56 anos de produção do Teatro La Candelária, de Bogotá, um dos mais importantes e resistentes coletivos da América Latina.Patrícia ArizaPoeta, dramaturga e atriz colombiana. Estudou na Faculdade de Belas Artes da Universidade Nacional da Colômbia de 1967 a 1969. Fundadora da Casa da Cultura, hoje Teatro La Candelaria, com Santiago García, e da Corporação Colombiana de Teatro. Dirige dois dos festivais mais importantes da Colômbia, o Alternativo e as Mulheres no Palco pela Paz. Na juventude, foi ligada ao Nadaísmo e fez parte da Juventude Comunista. Em 2007, recebeu o Prêmio Príncipe Claus, na Holanda, “por suas contribuições à cultura universal e seu compromisso artístico com a busca da paz para a nação colombiana”. Em 2008, foi premiada com a Ordem do Congresso em reconhecimento a “uma vida dedicada à cultura”. Sobreviveu ao genocídio contra a União Patriótica e trabalha como conselheira cultural da Corporação Reiniciar. Em 2009, Ariza foi acusada de supostamente encobrir atividades de propaganda das FARC por trás dos serviços comunitários que prestava, causando indignação no meio artístico. Em 2014, recebeu o Prêmio Nacional de Defesa dos Direitos Humanos na Colômbia na categoria Defensora A Lifetime.6Narciso TellesTeatreiro, ator e diretor. É professor do Curso de Teatro do PPGAC, PROF. Artes e PPGED, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e colaborador no PPGAC/UFMA e PPGAC/UFSJ. Pesquisador do CNPq e do GEAC/UFU. Membro do Núcleo 2 Coletivo de Teatro.IntercâmbioDia: 25/07/2022Hora: 10h às 13hLocal: Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle. 90 lugares. Não é necessário retirar ingresso.CÊNICA (SJRP), LUIZA MAHIN & HILTON COBRA (RJ)Cênica (Virado à Paulista), elenco e direção do espetáculo Luiza Mahin…eu ainda continuo aqui (RJ) e Hilton Cobra (SP)O fortalecimento da cena negra diante do novo momento de projeção para atores e atrizes pretos estará em pauta entre a Cênica, de São José do Rio Preto/SP, e o elenco de Luiza Mahin… eu ainda continuo aqui, com participação do ator e diretor Hilton Cobra.IntercâmbioDia: 25/07/2022Hora: 14h às 17hLocal: Sala de Múltiplo Uso – Sesc Rio Preto. 30 lugares. Não é necessário retirar ingresso.CIA HECATOMBE (SJRP) & USINA CONTEMPORÂNEA DE TEATRO (PA)A originalidade nas criações e o trato cuidadoso com o texto dão o mote desse encontro entre a Hecatombe (Vermelhinhos), de São José do Rio Preto/SP, e a Usina Contemporânea de Teatro, de Belém do Pará.IntercâmbioDia: 26/07/2022Hora: 10h às 13hLocal: Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle. 90 lugares. Não é necessário retirar ingresso.CIA BERADEIRO (SJRP) & TEUDA BARA (MG)É sobre lutas, construções e experiências a troca entre a Cia Beradeiro, de São José do Rio Preto/SP, um grupo iniciante, e a veterana Teuda Bara (Luta).EncontroDia: 26/07/2022Hora: 14h30Local: Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle. 90 lugares. Não é necessário retirar ingresso.AUTÓPSIA NEGRA: QUANDO UM CÉREBRO É CRAVADO DE BÚZIOSHilton Cobra (RJ) | Onisajé (BA) | Salloma Salomão (SP)Este encontro propõe-se a refletir acerca de aspectos estéticos, políticos e sociais contidos em parte da cena negra teatral contemporânea, tomando como provocação o espetáculo Traga-me a cabeça de Lima Barreto.OnisajéDiretora teatral, doutora em artes cênicas pelo PPGAC/UFBA, dramaturga, preparadora e formadora de atuantes. É Yakekerê do Ilê Axé Oyá L´adê Inan na cidade de Alagoinhas. Escreveu e dirigiu as montagens Siré Obá – A festa do rei, Ogun – Deus e homem, Exu – a boca do universo, Macumba – uma gira sobre poder. Encenou ainda os espetáculos Erê, do Bando de Teatro Olodum, Traga-me a cabeça de Lima Barreto, com a Cia dos Comuns, e Pele negra, máscaras brancas, com a Cia de Teatro da UFBA.Hilton CobraAtor, produtor, diretor, gestor cultural e fundador da Cia dos Comuns, com mais de 40 anos de carreira. No teatro, foi dirigido por Nehle Franke, Márcio Meirelles, Werner Herzog, Onisajé e Luiz Marfuz. Atua também na televisão e no cinema (O Sorriso do Lagarto, O Poder da Arte da Palavra, O Compadre de Ogum e Cães). Premiado no teatro e no cinema, a exemplo do prêmio de melhor ator no Festival Nacional de Cinema de Brasília/2008, por sua atuação em Cães. Foi diretor do Centro Cultural José Bonifácio e presidente da Fundação Palmares/MINC. Idealizou e realizou a mostra Olanadé – A Cena Negra Brasileira e o Fórum Nacional de Performance Negra. Está em cartaz com o filme Medida Provisória, dirigido por Lázaro Ramos, e com as apresentações do espetáculo Traga-me a cabeça de Lima Barreto!.Salloma SalomãoMúsico, performer, historiador e pesquisador. Doutor em História pela PUC-SP. Pesquisador associado ao Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Consultor da Secretaria de Educação do Município de São Paulo. Tem como especialidades os temas cultura musical, lutas pela liberdade, práticas culturais negras no século XIX e XX, identidades étnicas e movimentos negros urbanos, sociabilidades negras em São Paulo e musicalidades africanas. Recentemente, estreou no teatro como ator nas peças Agosto na cidade murada, Gota d’água {Preta} e Fuzarca dos descalços. Recebeu o prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Gramado pelo filme Todos os mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra. Consultor de teatro, educação e cinema em temáticas relacionadas às culturas da afro-diáspora. Possui 8 álbuns musicais publicados e textos lançados em diferentes revistas especializadas. Em 2021, publicou os livros As aventuras do pequeno Samba e Pretos, prussianos, índios e caipiras, pelo selo Aruanda Mundi. Participou ainda dos premiados documentários Dentro da minha pele, de Val Gomes e Toni Venturi; Deixe que digam,  de Rubem Rewald; e Sobre pardinhos e afrocaipiras, de Daniel Fagundes.MesaDia: 26/07/2022Hora: 16h30Local: Sala de Múltiplo Uso – Sesc Rio Preto. 30 lugares. Não é necessário retirar ingresso.O QUE FOGE DA LITERATURA E NOS SERVE NO TEATRO?Giordano Castro (PE) | Marcelino Freire (PE) | Rodrigo Mercadante (SP)Tendo em vista recentes produções teatrais que dialogam e/ou livremente se inspiram em romances, poemas e contos literários, esta mesa  buscará refletir sobre expedientes que vazam da literatura e encontram pouso na cena teatral.Giordano CastroÉ ator e dramaturgo. Nasceu em Recife, Pernambuco, em 7 de abril de 1986. Licenciado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizou também um intercâmbio internacional em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra (Portugal). É membro e um dos fundadores do Grupo Teatral Magiluth. Como ator, participa de quase todos os trabalhos do grupo e é responsável por cinco dramaturgias montadas: Um torto, Aquilo que meu olhar guardou para você, Luiz Lua Gonzaga, O ano em que sonhamos perigosamente (em parceria com Pedro Wagner) e Dinamarca. No audiovisual, esteve em Tatuagem, de Hilton Lacerda, Tungstênio, de Heitor Dahlia, na série Treze dias longe do sol e na supersérie Onde Nascem os Fortes. Em 2020, escreveu e dirigiu os projetos Tudo o que coube numa VHS e Todas as histórias possíveis.Marcelino FreireNasceu em 1967, em Sertânia, Pernambuco. Vive em São Paulo desde 1991. Escreveu, entre outros, Angu de Sangue (Ateliê Editorial, Contos, 2000) e Contos Negreiros (Editora Record, 2005), com o qual foi vencedor do Prêmio Jabuti. Em julho de 2010, lançou o livro de contos Amar É Crime, por meio do Edith, coletivo artístico do qual é um dos participantes. Em 2013, lançou, também pela Record, o romance Nossos Ossos (Prêmio Machado de Assis). É o criador e curador da Balada Literária, evento que reúne, anualmente, desde 2006, uma centena de escritores, nacionais e internacionais, pelo bairro paulistano da Vila Madalena. Mantém o blog Ossos do Ofídio: www.marcelinofreire.wordpress.com.Rodrigo MercadanteÉ músico, ator e diretor de teatro, formado pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/ USP). Um dos fundadores da Cia.do Tijolo, coletivo de artistas com o qual desenvolve suas pesquisas há 12 anos. Integrou, durante 15 anos, o elenco do Teatro Ventoforte.Roda de conversaDia: 27/07/2022Hora: 15hLocal: Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle. 90 lugares. Não é necessário retirar ingresso.CURADORIA – O QUE PENSAM AS(OS) CURADORAS(ES)?Adriana Macedo (SP) | Kil Abreu (SP) | Quitéria Kelly (RN)Assistimos aos espetáculos… vamos conversar com as curadoras sobre os processos de escolha? Este encontro abrirá uma oportunidade para pensar os modos de estruturação do festival como obra cênica.Adriana MacedoBacharel em Letras e Linguística pela Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em Jornalismo pela Fundação Cásper Líbero. Pós-graduada em Gestão Cultural pelo Senac-SP. Atua na programação de Artes Cênicas do SESC-SP há 10 anos. Atualmente, compõe a equipe da Gerência de Ação Cultural da instituição.Kil AbreuNascido em Belém (PA), vive em São Paulo (SP). É jornalista, crítico, curador e pesquisador de teatro. Pós-graduado em Artes pela Universidade de São Paulo, foi diretor do Departamento de Teatros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Escreveu para o jornal Folha de São Paulo e coordenou, por oito anos, a Escola Livre de Teatro de Santo André. Compôs os júris dos prêmios Shell e APCA. Fez a curadoria dos festivais de Curitiba, Festival Recife do Teatro Nacional, Festival de Fortaleza e da Plataforma Brasil, programa de internacionalização da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. Foi curador da programação teatral do Centro Cultural São Paulo (2015/2021). Edita, com Rodrigo Nascimento, o site Cena Aberta – teatro, crítica e política das artes. É membro da AICT – Associação internacional de críticos de teatro.Quitéria KellyNasceu em Natal/RN, onde formou-se em Artes Cênicas pela UFRN, e é diretora e atriz fundadora do Grupo Carmin. Além de sua carreira nos palcos, onde se destacam os espetáculos Pobres de Marré, Por que Paris e Jacy – esta última, eleita entre as dez melhores peças de 2015 pelo jornal O Estado de São Paulo. Tem experiência no audiovisual, como na websérie de comédia Dalton/Hebe, dirigida por Pedro Fiuza e Moniky Rodrigues, e no curta-metragem Vivi, dirigido por Catarina Doolan, pelo qual recebeu o prêmio de melhor atriz na Mostra CineSESC/RN. Na TV, participou da primeira supersérie da Rede Globo, Onde nascem os fortes, dirigida por José Villamarim e Walter Carvalho, em 2018, e de Malhação – Toda forma de amar, dirigida por Adriano Melo e Carlos Araújo, com autoria de Emanuel Jacobina. Foi premiada como melhor atriz coadjuvante pelo espetáculo Barra Shopping no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, em 2005. Recebeu também o Troféu Cultura Potiguar pela atuação nos espetáculos Pobres de Marré, em 2012, e Jacy, em 2013. Em 2017, dirigiu sua primeira peça pelo Grupo Carmin – A Invenção do Nordeste – espetáculo que recebeu o Prêmio Shell de Dramaturgia, APTR de Dramaturgia e Elenco, entre outros. Atualmente está no elenco da nova peça do Grupo Carmin, Gente de Classe, que tem estreia prevista para setembro de 2022.IntercâmbioDia: 28/07/2022Hora: 10h às 13hLocal: Saguão da Biblioteca Municipal. Não é necessário retirar ingresso.ROBO.ART (SJRP) & CIA IN.CO.MO.DE-TE (RS)A tecnologia e outros estímulos inovadores norteiam a troca entre a Robo.Art (Corpomáquina) e a Cia Incomode-te (Edifício Cristal). EncontroDia: 28/07/2022Hora: 16h30Local: Sala de Múltiplo Uso – Sesc Rio Preto. 30 lugares. Não é necessário retirar ingresso.TRANS E TRAVESTIS: PROCESSOS CRIATIVOS E FORMAS ESTÉTICAS CONTEMPORÂNEASDodi Leal (SP), Glamour Garcia (SP), Leona Jhovs (SP)A produção teatral contemporânea tem sido modificada radicalmente no que tange a presenças de pessoas, conteúdos, estéticas e éticas. Esta mesa buscará refletir acerca de algumas recentes produções cênicas que contam com o protagonismo e presença de pessoas trans e travestis.Dodi LealProfessora do Centro de Formação em Artes e Comunicação (CFAC) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Porto Seguro. Líder do Grupo de Pesquisa Pedagogia da Performance: visualidades da cena e tecnologias críticas do corpo (CNPq/UFSB). Docente permanente do PPGER/UFSB e colaboradora do PPGT/UDESC. Cocoordenadora do GT Mulheres da Cena, da ABRACE. Realiza estudos e obras artísticas de performance e iluminação cênica, perpassando por ações de crítica teatral, curadoria e pedagogia das artes. Doutora em Psicologia Social (IP-USP) e licenciada em Artes Cênicas (ECA-USP). Autora do livro de poesia De trans pra frente (São Paulo: Patuá, 2017) e dos livros teóricos LUZVESTI: iluminação cênica, corpomídia e desobediências de gênero (Salvador: Devires, 2018) e Pedagogia e estética do Teatro do Oprimido: marcas da arte teatral na gestão pública (São Paulo: Hucitec, 2015). Organizou o livro TEATRA DA OPRIMIDA: últimas fronteiras cênicas da pré-transição de gênero (Porto Seguro: UFSB, 2019) e co-organizou, com Marcelo Denny, o livro Gênero Expandido: performances e contrassexualidades (São Paulo: Annablume, 2018).Glamour GarciaAtriz mariliense de 32 anos, conta com sete prêmios e uma menção honrosa. Começou seus estudos em atuação ainda no ensino fundamental, sob a direção de Janaína Valente. É na academia que entende as várias vertentes das artes cênicas e estuda o hibridismo de linguagem, integrando dança, performance, cinema, literatura, artes visuais e outras formas de arte em seu discurso. A partir de O amor que não ousa dizer seu nome, projeta-se em 2011 como atriz dramática, com incursão no teatro, cinema e televisão brasileira. Com propriedade, seu discurso carrega representação e representatividade da comunidade LGBTQIA+.Leona JhovsPaulistana, 34 anos. Mulher transfeminista, multia(r)tivista, atriz, diretora, roteirista, apresentadora, performer. Cofundadora do MONART (Movimento Nacional de Artistas Trans), colaboradora no Manifesto Representatividade Trans, cofundadora da Casa Chama e atual presidenta do Instituto cultural e artístico Luz do Faroeste. Em 2011, inicia carreira profissional no teatro. Atua em companhias de teatro como Pessoal do Faroeste, Coletivo Ópera Urbe, Núcleo Experimental de Teatro. São 12 produções teatrais com direções como de Paulo Faria, Rogério Tarifa, Rodolfo Garcia Vázquez, Luh Maza, Ave Terrena, Hugo Possolo, Zé Henrique de Paula, e 12 produções audiovisuais de longas, curtas e séries. São 13 prêmios nacionais e internacionais na carreira e uma menção honrosa. Hoje, atua no musical original Brenda Lee e o Palácio das Princesas, com 100% de representatividade Trans.MesaDia: 29/07/2022Hora: 14h30Local: Sala de Múltiplo Uso – Sesc Rio Preto. 30 lugares. Não é necessário retirar ingresso.COMO AS TENSÕES ENTRE A CIDADE E O TEATRO NAS RUAS ESTIMULAM LINGUAGENS?Colectivo Patogallina (Santiago/Chile)Como a cidade e suas dinâmicas tensionam a cena da rua e como a linguagem teatral tem dialogado com as especificidades que o ato de estar no espaço público propõe? Esta mesa dispõe-se a refletir sobre esses aspectos criativos.Colectivo PatogallinaCompanhia de teatro de rua que nasceu em 1996, com a gestação de uma obra teatral experimental e de rua chamada A sangre e pato, que carecia de um enredo linear e foi apresentada no formato de uma série de blocos cênicos com música ao vivo. ‎A partir daí, foram convidados para o primeiro encontro de circo e teatro de rua realizado na Argentina. Em 1999, montam um dos espetáculos mais bem sucedidos da companhia: O Hussar da Morte, sob a direção artística de Martin Erazo. Foi o ponto de partida da organização formal de La Patogallina, rearticulado com 15 membros.‎ ‎MesaDia: 29/07/2022Hora: 16h30Local: Sala de Múltiplo Uso – Sesc Rio Preto. 30 lugares. Não é necessário retirar ingresso.É POSSÍVEL DIALOGAR COM TODOS OS PÚBLICOS? EXISTE ESPECIFICIDADE ETÁRIA?Ícaro Rodrigues (SP), Linaldo Telles (SJRP), Maria Shu (SP)Existe um teatro capaz de dialogar com todos os públicos? Ocorre na criação teatral algum condicionante anterior pautado no conceito de faixa etária? Esta mesa se debruçará sobre esses e outros aspectos presentes na criação de teatro infantil.Ícaro RodriguesAtor, arte educador e diretor de teatro. Atua na premiada montagem teatral Gota d´água {Preta}, com direção de Jé Oliveira. Formado pela Escola Livre de Teatro de Santo André, trabalhou como ator em diferentes grupos de pesquisa do teatro paulistano, como Teatro da Vertigem, Companhia São Jorge e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Atuou em Bom Retiro 958 metros, espetáculo dirigido por Antônio Araújo; Barafonda, espetáculo itinerante da Cia São Jorge de Variedades;  Frátria amada Brasil, sob direção de Claudia Schapira; Dois perdidos numa noite suja, de Plínio Marcos, dirigido por Flávio Marin. É diretor do espetáculo Quando eu morrer vou contar tudo a Deus, do Coletivo O Bonde. No audiovisual, atuou nas séries Segunda Chamada, da Rede Globo, Manhãs de Setembro, no Amazon Prime, e Sintonia, na Netflix.Linaldo TellesAtor, diretor, dramaturgo e figurinista. Iniciou sua carreira como ator em 1992, na cidade de São José do Rio Preto (SP). Cursou a EAD/ECA/USP, formando-se no ano de 2002. Dirigiu e roteirizou a websérie em cinco capítulos Pequeno, baseada na obra Moby Dick, de Herman Melville, com a Cia Bardos de Teatro. Dirigiu o espetáculo Eufonia, da Cia dos Pés (Edital Sesi São Paulo/2017). Dirigiu Vermelhinhos, da Cia Hecatombe (Proac 2018). Em Miguilim Mutum, da Cia Azul Celeste, fez a direção em parceria com Jorge Vermelho (Proac 2018). Em 2006, fez participação especial no 11º DVD de Chico Buarque com o espetáculo Os Saltimbancos, da Cia Quatro na Trilha, em que dirigiu e atuou.Maria ShuDramaturga e roteirista, com peças de teatro encenadas em diversos países. Seu mais recente trabalho teatral é o espetáculo infantil Quando eu morrer vou contar tudo a Deus, parceria com a companhia de teatro O Bonde. Como roteirista, tem trabalhado em séries de ficção para as plataformas Netflix, Amazon Prime Vídeo e Globoplay. Atualmente, escreve a série Torto Arado’ para a HBO Max, baseada no best-seller de Itamar Vieira Junior.EncontroDia: 30/07/2022Hora: 16h30Local: Teatro de Bolso da Casa de Cultura Dinorath do Valle. 90 lugares. Distribuição de senhas uma hora antes do início.MULHERES EM APOIO: ARTE E AÇÃO Amanda Oliveira (SJRP), Débora Falabella (SP), Yara de Novaes (SP)Como a arte pode se engajar nas históricas lutas sociais por igualdade social de gênero e racial? A arte pode contribuir de quais maneiras? Esta mesa buscará refletir acerca de limites e alcances que o teatro encontra ao se debruçar sobre conteúdos urgentes da nossa sociedade.Amanda OliveiraEmpreendedora social nascida na favela, viu sua vida transformar-se por meio da música que vinha da sala de aula de um projeto social e, mais tarde, resolveu multiplicar o impacto fundado o Instituto As Valquirias, que, com suas inovações, desdobrou-se em Valquirias World, uma holding de iniciativas que geram impacto social, composto por Valquirias Musical, Instituto As Valquirias, Shopping das Valquirias , Agro Valquirias, Valquirias Digital e Valquírias Education. Escolhida por Edu Lyra, está à frente do piloto do programa Favela 3D e, junto do seu time, está desenhando e fazendo a prototipagem do modelo de favela que vai transformar a pobreza das favelas brasileiras em peça de Museu. É Forbes Under 30, tem Carolina Herrera como madrinha de sua organização, saiu na capa do Valor Econômico, é tricampeã do Prêmio Lide e foi nomeada pela McKinsey como uma das 20 jovens que mais transformam o mundo. Dedica sua vida e trabalha com seu time para inativar a sentença injusta que persegue a vida de crianças e mulheres em situação de pobreza e confronta os abusos que não fazem valer as leis dos direitos humanos. “Nascemos para tirar da gaiola quem nasceu com asas para voar.”Débora FalabellaFilha do ator e diretor de teatro Rogério Falabella, descobriu desde cedo a vocação para atuar e, aos 12 anos, já participava de peças de teatro amador em Belo Horizonte. Quando se mudou para o Rio de Janeiro, ficou conhecida do grande público por atuações arrebatadoras em novelas como O Clone (2001) e Avenida Brasil (2012), ambas da Rede Globo. No cinema, Débora Falabella pode ser vista no curta metragem Françoise (2000), de Rafael Conde, trabalho que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Gramado e no Festival de Brasília, e também em longas como Dois perdidos numa noite suja (2002; prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília), de José Joffily; Lisbela e o prisioneiro (2003), de Guel Arraes; A dona da história (2004), de Daniel Filho; e Cazuza – O tempo não para (2004), de Sandra Werneck e Walter Carvalho. Em paralelo à vitoriosa trajetória na TV e no cinema, nunca abandonou os palcos e, nos últimos quinze anos, participou de espetáculos teatrais de grande sucesso: Noites brancas (2004), quando venceu os prêmios de melhor atriz do Troféu USIMINAS/SINPARC e do SATED-MG; A serpente (2005); O continente negro (2007); O amor e outros estranhos rumores (2010); Contrações (2013), pelo qual recebeu os prêmios APCA, APTR e Aplauso de melhor atriz; e Love, Love Love (2017), espetáculo pelo qual foi indicada aos prêmios Shell, Botequim e Cesgranrio de melhor atriz.Yara de NovaesAtriz, diretora e professora de teatro. Lecionou na PUC-Minas, UFPE e Uni-BH e, atualmente, na FAAP-SP. Trabalha como atriz há 35 anos e como diretora há mais de 25 anos. Seus trabalhos mais recentes como atriz são Contrações, de Mike Bartlett; Uma espécie de Alasca, de Harold Pinter; LoveLoveLove, de Mike Bartlett; Justa, de Newton Moreno; e Neste mundo louco, nesta noite brilhante, de Silvia Gomez.  Recebeu vários prêmios por suas atuações e direções, entre eles, o APCA, Prêmio, Shell, Questão de Crítica, APTR e Aplauso Brasil. Em Belo Horizonte, sua terra natal, fundou duas companhias, o Grupo Teatral Encena e a Odeon Companhia de Teatro, essa última ao lado do diretor Carlos Gradim. Em 2005, já em São Paulo, funda o Grupo 3 de Teatro, com Débora Falabella e Gabriel Fontes Paiva. Dirigiu como convidada diversos espetáculos nos últimos anos, entre eles, Tio Vania, do Grupo Galpão, e Caminho para Meca, com Cleyde Yaconis; e as adaptações de A mulher que ri”, de Móricz Zsigmond; Maria Miss, de Guimarães Rosa; As meninas, de Lygia Fagundes Telles; O capote, de Nicolai Gógol; Noites brancas, de Fiodor Dostoiévski; Noturno, com o Teatro Invertido; entre outros. Suas direção geral mais recentes são A ira de Narciso”, de Sérgio Branco, e Corpos opacos, um poema-cênico com Carolina Virguez e Sara Antunes; Brian ou Brenda, de Franz Kepller; Entre, de Eloísa Elena; e Neblina, de Sérgio Roveri. Foi curadora dos Fit-BH e Rio Preto.Serviço:FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FIT RIO PRETODe 21 a 30 de julho – São José do Rio Preto – SP/ Brasil.Realização: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto e Sesc São Paulo.Programação completa no site www.fitriopreto.com.br

Da Reportagem Jornal do Trabalhador com informações SMCS

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